Deixa-me por favor dizer-te uma coisa. Agora que de repente começo a questionar quem é verdade e quem é mentira, queria dizer-te uma coisa para ficares verdade para sempre.
Odeio quando pensas que tens toda a razão do mundo e quando sei que as discussões que recusas ter não iriam resolver nada porque essa tua mente é tão irritantemente persistente e fechada.
Odeio quando queres ser dona de toda a razão e chegas a ser possuída por essa ideia sem qualquer fundamento.
Quero dizer-te uma coisa para nunca te esqueceres: a razão não é de ninguém. Nem minha nem tua. Não sou eu que a tenho mas tu também não. Ela não é propriedade de ninguém. Nós usa-mo-la mas nunca a possuímos. Percebes agora? Percebes o quão revoltante é ver-te convencida de uma mentira e defendendo-a sem limites, sem me deixares contrapor esses argumentos egocêntricos e cegos.
Só a razão tem razão. E, que eu saiba, nem tu nem eu somos a razão. Porque se fossemos, não estaríamos aqui neste ponto. Neste ponto em que eu questiono a verdade e a mentira, neste ponto em que tu defendes e acreditas que possuis mais do que qualquer ser humano poderá alguma vez possuir.
Por isso peço-te, usa a razão e não a queiras dominar, não a queiras fazer escrava dessas tuas ideias egoístas e vazias. Podes cravar-me mais cinco facas nas costas, mas não te desculpes com a razão, porque essa nunca vai estar do teu lado. Nem do meu. Não te escondas atrás dessa realidade inventada na tua cabeça, não tapes os teus ouvidos para não me ouvires. E mesmo que o faças, espero que deixes os olhos abertos para poderes leres isto que escrevo cheia de vontade de to gritar aos ouvidos.
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