sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Morta

Cada vez mais profundo. Até se esgotar o ar que respiras. Morrer. Cada vez mais depressa.
Até que aquelas mãos quentes e vivas agarram o teu coração frio e imóvel, na tentativa de o trazer de volta. Na esperança de o fazer sentir e desejar regressar.
Mas quando ele decide que quer regressar, é tarde de mais. Porque isto da vida e da morte é maior que tu e que eu, é maior que a nossa vontade.
Agora as tuas mãos quentes e preenchidas de rios de sangue, são separadas do meu coração de gelo para sempre. Para toda a eternidade.
E os teus lábios vermelhos nunca mais irão tocar nos meus, brancos e imóveis...gelados e rígidos, para toda a eternidade.

Sem comentários:

Enviar um comentário

memórias