segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Como a Casa na Bruma eu vejo-te a ti. Entre nevoeiro a ires embora, sem adeus nem despedidas porque eu me recusei a deixar-te ir deixando-te simplesmente ir... deixo-te a dormir para acordares sem mim ao teu lado. fala-se em saudades na nossa língua comum. saudades de quê? da memória de 2 ou 3 dias em que criámos algo. um novo conceito. uma nova visão. um novo mundo. uma nova língua e um novo entendimento. desta inspiração que és tu em mim, nasceu algo fora do comum. fora do normal, fora do meu mundo. nem maior nem mais pequeno. diferente. sem definição no dicionário. nem no meu nem no teu. nem em Portugal nem na Áustria nem na Etiópia. nem na Finlândia. somos vários mundos tu e eu. vários mundos unidos por segundos na memória de um paraíso não artificial mas muito efémero. 
lembro-me agora que nem um obrigado te deixei. a perspectiva do fim ao pouco que tínhamos começado deixou-me sem saber onde era o mar. sem conseguir fechar a porta...talvez fosse mais fácil para vires atrás de mim. sonâmbulo. apaixonado: pela vida, pelo mar, pela minha praia, pelas tuas minhas palavras.

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