Haverá algo mais tenebroso que o medo? Haverá algo mais preocupante, mortal e incapacitante?
Antes de gostar de ti, eu tenho medo de ti. E é isso. É esta a verdade. Tu primeiro assustas-me, e depois fazes-me vergar a teus pés. Com medo, com amor, com fascínio e com desejo.
Quero desprezar-te como tu me desprezas, assustar-te como tu me assustas. Quero ser uma sombra na tua noite, que te deixe com medo, medo da escuridão e do desconhecido. Quero ser um fantasma que te assombra e não te deixa dormir. Já que não me deixas dormir a mim com os pensamentos que implantas involuntariamente na minha cabeça, gostava de poder aproveitar as noites sem sono para te perturbar como me perturbas e mostrar-te o quão desgastante pode ser ter medo. Ter medo de ti, assim como se tem medo da morte, como se tem medo do escuro, como se tem medo da perda e do sofrimento. Ter medo do desequilíbrio que és e do pouco equilíbrio que me fazes ter.
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