Lês tanto que começas a falar de forma diferente. É mesmo delicioso ouvir-te falar. A forma como intercalas os pensamentos, como constróis as frases. As palavras que usas e as expressões que as completam. Às vezes torna-se confuso, mas daquelas confusões que se percebem, daquelas confusões que só existem na cabeças dos génios. Tão subtil. És como um caos perfeito e organizado à tua própria maneira. Perco-me nas coisas que dizes, é verdade. Quando reclamas que estou há muito tempo calado e de olhar vidrado, não é por estar a pensar noutras coisas nem por ter estado a fumar, é mesmo porque me hipnotizas e ainda não descobri o antídoto, aquele gesto que nos faz acordar depois de sermos hipnotizados.
És como um enigma que me dá gozo decifrar. E acho que estou no bom caminho.
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