quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Gosto de ti.

Gosto de ti. Crescemos juntas e conheço-te bem. Pelo menos até onde me deixas conhecer. Se alguma vez desisti de tentar conhecer mais, foi porque confiei no meu instinto que me dizia que não valia a pena, e que espero não me ter enganado com a sua lata habitual.
Gosto de ti. Mesmo assim como és. Mesmo tão diferente de mim. Mesmo com essas atitudes com as quais não me identifico, com esses gostos que para mim fazem tanto sentido como um gato maltês a tentar falar chinês. Respeito aquilo que és, e admiro aquilo de que te mantens longe de ser. Compreendo-te sem te entender...entendes?
Critico-te quando és demasiado fútil, porque me irrita quando te recusas a ser mais complexa. Irrita-me quando não percebes as minhas meias palavras. Quando és mais lenta e quando és demasiado picuinhas.
Quando não consigo discutir contigo, fico calada e ambas assentamos os nossos argumentos em silencio, sabendo que a outra nunca os vai aceitar, mas que aprende a viver com eles.
Gosto de ti, mesmo quando não me apetece.
Não gosto quando estamos desencontradas, quando te perdes. Mas gosto de ti, e vou buscar-te lá atrás.

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