domingo, 18 de março de 2012

Ontem à noite

queria mergulhar num mundo onde as coisas acontecem de forma mágica, positiva e inesperada. Onde os meus desejos se concretizam, onde os buracos do meu ser são preenchidos por paixão, sinceridade, pureza e inocência. Uma inocência que me protege do mundo fora dos meus sonhos. Que me protege do mundo como ele é, ou parece ser. Ou é obrigado a ser.
Quero um mundo como nos sonhos. Acho que é este mundo e o desejo de viver nele mesmo com os olhos abertos, que faz com que certas pessoas deixem tudo para trás: os estudos, a família, o dinheiro, a casa, a sociedade, a falta de liberdade, o determinismo e a escassez de...felicidade.
É também esse desejo, essa ambição, que leva outras pessoas a entrarem no mundo das drogas, e que as prende lá sem as deixar sair.
A questão é: a quantidade dessas pessoas que realiza o desejo é mínima e, por outro lado, a morte prematura e a desgraça apodera-se da maior parte delas. 
Não sei se é obra do destino, se é castigo ou se é uma espécie de lição que alguém lhes/nos está a querer transmitir.
Talvez seja por isso que ainda me dedico a este mundo dito real. Ele que muitas vezes também nos desgraça, destrói e mata. Mesmo sem drogas, mesmo sem lhe virar-mos as costas.
E isso é o quê? Injustiça? Karma?
Que tal: Vida?

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