domingo, 4 de setembro de 2011

O monstro precisa de amigos

O monstro ataca-se a ele mesmo. Confude-se no meio da multidão e vira-se contra o seu próprio ser. E sem notar, sente-se atacado e olha à sua volta à procura do responsàvel. A tentar encontrar a criatura responsável por aquela dor que sente. Não se apercebe que é ele, que são as suas próprias mandíbulas que arrancam pedaços da sua pele, da sua carne. Não se reconhece e continua a auto destruição (que em nada o favorece). O monstro encontra-se aleijado e ensanguentado e só pensa em encontrar o culpado, em vingar-se! Tenta desesperadamente encontrar um culpado e acusa injustamente algumas das criaturas que o rodeiam e tentam ajudar. É pobre e mal agradecido.
O monstro cai em si passado algum tempo e sente vergonha...sai de casa e assume tudo o que fez. Ele é o verdadeiro responsável pela sua desgraça, pela sua fraqueza. E mais ninguém tem culpa. Ele sente-se estúpido. E promete manter-se consciente da próxima vez que a multidão o rodear e a confusão atingir o seu ser mais profundo, libertando o animal que há dentro dele.
É um monstro, não um assassíno...


Eu abro a dor de ser quem sou
Hoje o tempo vai mudar

O monstro vai arranjar amigos.

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