quarta-feira, 14 de setembro de 2011

I am free of the Past

Gosto do Passado, não guardo qualquer tipo de rancor.
Não gosto de me dar mal com ninguém, mas com ele nem tenho que fazer um esforço especial. Tenho-o na minha memória, que tanta capacidade de armazenamento tem.
Há pessoas que nascem com o dom de ver os mortos e falar com eles (ou só falar com eles). Eu sou de outra leva de pessoas, daquelas que nascem com uma grande capacidade de memória, um dom um pouco menos útil do que parece.
Tenho uma memória para as coisas gerais e para algumas coisas em particular. A minha memória não liga muito aos pormenores, aos diálogos, às cores. Liga às pessoas e aos sítios.
Conheço pessoas que têm memória para os mais ínfimos pormenores de coisas que viveram no passado e que ainda hoje podem reviver se recorrerem à memória. Eu nem por isso...lembro-me do que aconteceu, do mau e do bom, mas ficou lá e lá irá ficar. E é por isso que também ela (a minha memória) tem uma boa relação com o passado.
E como não gosto de estar presa a nada nem a ninguém, gosto do passado mas mantenho-o no seu tempo. No pertérito perfeito.


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