E tudo cabe dentro de um quadrado de reduzidas dimensões. Tudo o que houve até agora, porque o que haverá apartir daqui não vai caber assim tão facilmente.
Se continuar a avançar assim tão depressa, fico assustada. Se daqui a pouco tempo voltar a olhar para trás e perceber que já passou outra carrada alucinante de tempo, juro que fico com medo.
É como ver uma avalanche a ir contra alguém que adoramos, e esse alguém é surdo e não nos consegue ouvir gritar. Para além de ser surdo, está de costas! E não vê o que vem contra ele, não se apercebe...e quando dá por isso já não tem tempo de fugir. E nós não conseguimos correr suficientemente depressa para o salvar. É mais ou menos a mesma coisa. Ver o tempo a passar, sem poder fazer nada. Ver esse alguém que adoramos numa pequena fotografia, com um sorriso ingénuo mas genuíno. Sem saber o que vinha atrás dele, para o apanhar totalmente desprevenido, no meio de toda aquela neve vermelha.
Até agora foi assim. Apartir de agora não faço ideia. Será como uma avalanche ainda mais furiosa e veloz? Nada é garantido, mas é sempre a subir.
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