Ali estávamos nós, a viver uma fantasia.
Quis torná-la realidade e tu não deixaste. Quis trazer-te para mim, puxar-te para a minha realidade. Quis tornar-nos real...mas tu não deixaste.
Continuo a viver a minha fantasia, contigo e sem ti. Contigo num minuto e sem ti no outro. Uma fantasia que de maravilhosa passou a horripilante. De doce, passou a amarga. Fere-me a língua quando a provo. Mas insisto em querer prova-la. Como uma droga que te dá uma bad trip mas voltas a querer experimentar, por consciência ou por falta dela.
Criaste um novo ideal para mim. O ideal de viver sem consciência. A memória da fantasia do passado permanece, e produz sensações agradáveis. Mas a consciência que torna essas memórias em trevas infinitas, desaparece. Desaparece a escuridão, o peso da culpa e o arrependimento.
Desliga-se a consciência, para deixar ligada a fantasia.
E embora nada disto tenha valor real nem sentido concreto, aqui estou eu a tentar apagar a consciência com uma borracha que tinha à mão. Se passares cá mais tarde devo ter passado à fase do corrector. Se nada der resultado, corto a consciência com uma tesoura.
Não é que fosses passar cá, de qualquer forma. Mas se por acaso te ocorrer essa ideia, lembra-te que tudo não passa de uma fantasia...por isso não vale a pena dares-te a esse trabalho.
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