Ela sabe que é estranha. Sabe que às vezes não tem razão, mas continua a tentar defender uma causa perdida. Sabe que por vezes se humilha a ela própria, nem que seja na sombra da solidão, sem ninguém para assistir nem sentir vergonha alheia. Ela sabe que faz coisas que não devia e que não faz coisas que devia. Sabe que tem desconcertantes mudanças de humor e que, se por vezes mais valia estar calada, noutras não perdia nada em sorrir e dizer uma palavra simpática. Ela sabe que as pessoas não a acham atraente e que anda a maior parte do tempo de trombas. Ela sabe que a mãe tem muita razão, quando diz as coisas que diz...mas prefere agarrar-se à sua teimosia e esconder-se atrás daquela camada de picos que a salva de muita coisa mas também afasta outra grande percentagem que poderia ter efeitos benéficos. Quais, quando, como e porquê's? Isso nunca iremos saber...
Ela sabe, mas nós nunca a vamos saber a ela, da forma como ela sabe o mundo.
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