quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Défice Cognitivo Não Contagioso

Já nem é tanto o défice de cultura geral que me assusta mas sim o défice de valores e de... decência que as personagens que aqui andam demonstram diariamente. 
Há tanto por onde aprender...só o simples facto de ouvirmos os nossos pais a falarem com os nossos tios, ouvirmos as noticias de relance, lermos livros minimamente interessantes, navegarmos na Internet e prestarmos atenção às coisas certas. Já não digo para procurarem o conhecimento, mas acho surreal viverem sem se cruzarem com ele involuntariamente. E é isso que parece acontecer, cada vez mais. Ou então sou eu que tenho estado mais atenta, e não o faço de propósito acreditem. Preferia ficar na minha ignorância e continuar convencida de que certas coisas só aconteciam/ se ouviam/ se viam há uns séculos atrás e em sítios remotos. Não fiquem a pensar que com isto pretendo depreciar ou criticar os nossos antepassados e os nossos semelhantes que vivem em locais mais isolados. Pelo contrário. Tenho até grande consideração por ambos os grupos, que tendo recursos mais limitados ou inexistentes conseguiam levar uma vida equilibrada e rica.
É como ficar um vegetal sem vida, não aproveitar o potencial do nosso cérebro, não querer saber nada sobre o que nos rodeia, viver num cubículo húmido e a cair de podre. É como cortar um braço e arrancar um olho, e viver assim, a tentar pertencer a uma realidade minúscula que não tem nada de novo nem de bonito. 
Desculpem se estou a ser brusca, mas o choque apaga qualquer possibilidade de apaziguamento de palavras, tira aquela percentagem de concentração que nos permite construir frases bem pensadas e reflectidas. 
Acho que o importante já foi dito. Mas fica sempre tanto por dizer...

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