segunda-feira, 9 de julho de 2012

Estas séries policiais...

Era uma vez uma personagem de uma história real que num certo dia perdeu a cabeça, ou encontro-a, dependendo do ponto de vista. A dita personagem, no momento de impulso irreflectido, tirou uma faca da sua colecção de facas que expunha na cozinha diariamente para cortar bifes ou simplesmente por pura regalia, apreciando a tamanha beleza das laminas afiadas e tendo pensamentos retorcidos que não conseguia controlar. Nesse dia certo, pegou na faca de tamanho intermédio, porque sempre ouviu dizer que no meio é que estava a virtude, sem saber muito bem o que queriam dizer ao utilizar tal conceito. É que hoje em dia as pessoas são muito complicadas e nunca dizem as coisas de forma clara e precisa, fazendo a personagem deste capitulo frustrar-se ligeiramente com o mundo, chegando a sentir-se estúpido demais para viver. No seguimento de uma frustração semelhante a esta, guardou a faca no bolso e fui dar um passeio, procurando a personagem secundária indicada para o meu capitulo de profunda filosofia ética e moral da conduta humana. Ao dar de caras com o candidato ideal, seduziu-o ali no meio da rua, sem se preocupar com quem passasse por eles ou com quem estivesse a olhar do reino dos céus. A personagem principal foi astuto o suficiente, conseguindo atrair o candidato vencedor a personagem secundaria até um beco, onde o esfaqueou 7 vezes. Não me apetece dizer-vos onde. 
O corpo foi encontrado por um menino que passava ali perto enquanto passeava o cão. O caso foi entregue à brigada de homicídios do sitio em que este capitulo decorre. Passado um tempo incerto, que ainda ninguém conseguiu definir, a personagem principal foi detida por homicídio qualificado.
A moral da historia é esta: se matarem alguém com uma faca da colecção da vossa cozinha, não se desfaçam da arma, deixando um suspeito espaço vazio entre duas das facas. É que vão ser apanhados...

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