domingo, 8 de abril de 2012

E o explicável fechou-se e morreu pequenino

É de agradecer pela diversidade que existe no mundo. De caras, de corpos, de olhos, de sítios, de gostos, de opiniões, de ideias, de sentimentos, de cheiros, de sabores, de peixes, de mamíferos, de espíritos, de religiões, de músicas, de estilos, de profissões, de caminhos, de espaços, de lugares, de energias, de cabelos, de sons, de comidas. De personalidades, seja isso o que for...nunca percebi muito bem. O professor de psicologia bem que se esforçava, mas aquilo para mim soava sempre a teorias meias forçadas para que o ser humano não fosse tão livre, único e inexplicável como na realidade é ou deveria ser.
Tanto esforço, tempo perdido numa sala, isolados do mundo e rodeados de maquinas de tortura medieval...é assim que os vejo. Àqueles que tentaram descobrir as razões de ser do não-razoável e conseguiram com mais ou menos sucesso, rotular estes pobres mortais que andam agora com tiras de papel na testa com nomes de doenças que não existem.
Os peritos (de nada em concreto) de hoje em dia, podiam aprender com os antigos o que não se deve fazer. Não se deve deixar a barba crescer até aos joelhos e morrer solitário num escritório que cheira a mofo, com muitos estudos realizados sobre o Homem mas sem nenhum contacto real com tal ser vivente.
Por isso vão para a rua, experimentem o que o Homem tem para dar, tenham discussões abertas com os amigos, entusiasmem-se com o que têm a vossa volta. Escrever é bom, ler também. Passar tempo sozinho é igual ou melhor. Mas aprendam a equilibrar as coisas. Para quando tiverem turmas e turmas de jovens universitários a estudarem as vossas teorias, eles se interessem e leiam as vossas obras com gosto e curiosidade. Para aprenderem realmente alguma coisa.
Ah, e tentem não limitar aqui o pessoal, que tanto se esforça e ambiciona ser livre, original e inexplicável.

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