quinta-feira, 5 de abril de 2012

The boys are back in town

De volta à (não tão) velha rotina do meu dia-a-dia. Ainda de Férias, tenho agora aqueles dias que parece que me escorrem entre os dedos, principalmente se ficar em casa, prostrada em frente à televisão ou (desperdiçando um bocadinho menos) em frente ao meu livro.
Talvez faça um desvio até ao mar e passe uns dias junto da praia, com uma vizinha de cabelo encaracolado.
Nunca sabemos bem o que vem a seguir, não é? Se estivesses agora aqui refilavas para que largasse o computador e fosse aproveitar o dia porque amanhã nunca se sabe o que pode (ou não) acontecer.
Como não estás aqui e a janela está fechada, vou deixar o computador no colo e escrever um texto sobre os meus sonhos desta semana. Sobre o senhor do restaurantes das pizzas em Budapeste que cantava alegremente "Can't stop me now!" enquanto distribuía pastas e calzones pelas mesas, sobre aquela ponte de entre as 11 que todos os dias me acenava de uma ponta do rio pedindo que a atravessasse, sobre todos os almoços pouco saudáveis que fui obrigada a consumir no burger king e sobre o soldado que guardava as jóias da coroa tendo tempo pelo meio de me piscar o olho e assustar a minha prima (que apesar de já ter quase 11 anos e quase a minha altura, vai ser sempre a pequenina Sofia).
Não gosto de sentir saudades do computador enquanto estou fora e não o levo comigo, não me gosto de sentir dependente, e este desagrado é direccionado para diversas outras coisas que porventura me possam fazer sentir assim. Presa, limitada. Não gosto.
No entanto, senti muita falta do meu livro, da minha caneta, das minhas pantufas, do meu monstrinho (este mesmo) e da minha sanita.
Viajar é muito bom. Conhecer sítios novos, pessoas diferentes, comprar t-shirts rascas com o nome da cidade que não valem o dinheiro que damos, tirar montes de fotografias a coisas que à partida não captariam a atenção de ninguém em especial, andar tanto que os pés começam a latejar cada vez que temos a escassa oportunidade de nos sentar, ver exposições pouco interessantes que nos proporcionam momentos de desespero intercalados com lampejos de loucura, alucinações e monólogos internos ricos em sarcasmo e palavrões. Mas tudo compensa, até as viagens de avião à noite, os atrasos dos voos e a praticamente inexistente comunicação com o nosso país de origem.
3 vivas para a Hungria, onde se encontram as mulher mais bonitas do mundo (agora já não).

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